Após uma estabilidade em junho, as exportações de calçados voltaram a cair no mês passado. Conforme dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), no mês sete foram embarcados 4,8 milhões de pares que geraram US$ 58,4 milhões, quedas de 40% em volume e de 26,4% em receita gerada no comparativo com o mesmo mês de 2017. Foi o segundo pior resultado do ano corrente, atrás apenas de maio, quando as paralisações dos caminhoneiros afetaram o setor e o mês fechou com US$ 56 milhões em exportações. Com o resultado do mês passado, nos sete primeiros meses de 2018 as exportações somaram 60,2 milhões de pares por US$ 545,4 milhões, quedas de 10,7% em volume e de 10,3% em receita no comparativo com igual período de 2017.
O presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, ressalta que o resultado é reflexo da desvalorização das moedas nos países emergentes, em relação ao dólar, o que torna o preço do calçado para o exterior – em moeda forte – mais elevado.
O único país da parte de cima do ranking de destinos do calçado nacional com resultado positivo foi a Argentina, que segue no primeiro posto desde o início do ano. Em julho, o país importou 963,4 mil pares por US$ 11,5 milhões, incrementos de 1,7% em volume e de 4% em receita no comparativo o mês correspondente de 2017. Com isso, nos sete meses do ano, a Argentina já comprou 6,5 milhões de pares por US$ 88 milhões, incrementos de 25,3% em pares e de 16% em dólares em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos sete primeiros meses do ano, as importações de calçados cresceram 18,7% em volume e 7,4% em valores no comparativo com mesmo período de 2017. Até julho, entraram no Brasil 17,5 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 214,3 milhões. No acumulado de 2018, as principais origens das importações seguem sendo os países asiáticos: Vietnã (7,3 milhões de pares e US$ 120,16 milhões, incrementos de 18,6% e de 56%, respectivamente, no comparativo com período equivalente do ano passado); Indonésia (2,2 milhões de pares e US$ 36,3 milhões, quedas de 3,6% e de 6%, respectivamente); e China (6,2 milhões de pares e US$ 24,3 milhões, altas de 39% e de 27%, respectivamente).
Fonte: Assessoria de Imprensa da Abicalçados – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados – Abicalçados