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Logística Inteligente: O “Non-Operating Reefer”

Imagine a seguinte situação: dois países, o primeiro um grande exportador de produtos agropecuários, como carnes, arroz e soja, e o segundo um importador desses mesmos produtos. Quando ocorre a transferência dessas cargas do primeiro país para o segundo, é necessário o uso de um container especial, chamado de Reefer (do inglês) ou Container Refrigerado, que possui um sistema de refrigeração e isolamento térmico para que temperaturas baixas sejam mantidas em seu interior, possibilitando o transporte de alimentos perecíveis ou quaisquer outros produtos que necessitem de controle de temperatura. Dessa forma, a mercadoria chega ao destino sem perder suas propriedades e adequada para o consumo; porém, quando o Reefer chega ao destino, é preciso que se espere que alguma carga que necessite utilizar desse tipo de container esteja disponível para ser exportada para o país que anteriormente enviou esse container para que o fluxo de mercadorias continue fluindo normalmente. Não é o que acontece, uma vez que países que importam produtos agropecuários, perecíveis ou que precisam de temperaturas controladas em seu transporte normalmente não exportam os mesmos tipos de produtos, o que impossibilita o retorno imediato do container, gerando grandes custos e ocupando espaços vazios nos navios.

A questão é que outros países também exportam os mesmos produtos e outros também os importam, o que gera um desequilíbrio entre a demanda de containers refrigerados e a oferta; além disso, os países que exportam os produtos que precisam de refrigeração também importam produtos transportados em containers normais, o que gera acúmulo de containers. A solução encontrada foi a seguinte: fazer uso dos Reefers, porém desligados, para o transporte de mercadorias que, em uma situação normal, são movimentadas nos containers normais ou “secos”. Desse modo, esses containers, chamados de “Non-Operating Reefers” (ou “containers refrigerados fora de operação” em tradução literal do inglês, ou simplesmente NOR), não ficam parados esperando cargas que precisem de um Reefer, funcionando, portanto, como um container de transporte comum, diminuindo os custos de movimentação de containers, bem como o número de containers em movimento e proporcionando espaços em navios, que antes seriam ocupados por Reefers vazios, agora ocupados por NORs.

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Os ganhos não param por aí: os navios não precisam ficar mais tempo esperando nos portos o carregamento de um container refrigerado em operação, podendo carregá-los como NORs; a produtividade dos portos aumenta, pois o trabalho antes utilizado para fazer duas movimentações de dois containers diferentes (um refrigerado e outro seco, tanto na chegada quanto na partida), agora é melhor utilizado para fazer somente dois movimentos de somente um container (chegada e saída do refrigerado); e operações que antes não se mostravam lucrativas pelos grandes custos derivados, hoje são atrativas por conta da possibilidade que o uso dos NORs oferece. Ainda assim, a disponibilidade de Reefers para fazer operações como NORs não é constante, o que pode às vezes dificultar a continuidade e eficiência que se deseja nas movimentações internacionais de cargas. O setor de embarques do grupo 3S Corporate tem experiência na área e oferece a seus clientes a opção de operar suas movimentações fazendo uso de containers refrigerados fora de operação, proporcionando menores custos, principalmente nos containers refrigerados de 40 pés, e maior agilidade nas suas operações.

Régis Zucheto Araujo

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